Exame indicado para diagnosticar e tratar doenças do esôfago, estômago e duodeno através de um aparelho chamado videoendoscópio. Flexível e com iluminação, esse aparelho permite que todo o trajeto percorrido durante o exame, desde a boca até porções iniciais do duodeno (intestino) seja visualizado.

Será necessária autorização do paciente para realização do exame, sendo fornecido um termo de consentimento informado quando da abertura do cadastro para paciente e acompanhante. O objetivo do termo é esclarecer todas as dúvidas do exame junto ao médico endoscopista.

O paciente preencherá pequeno questionário (avaliação anestésica) e então será encaminhado para a sala de realização do procedimento onde será monitorizado o nível de oxigênio no sangue e os batimentos cardíacos, por meio de um sensor que será colocado em um dos dedos da mão. Poderá ser colocado um cateter de oxigênio nasal.

Um bocal (protetor) será colocado entre os dentes para manter a boca aberta durante o exame. Caso opte pela realização do procedimento com sedação, o paciente receberá medicamento sedativo via endovenosa com supervisão de médico anestesista, não percebendo o procedimento. Através do bocal o médico introduzirá o aparelho, um tubo flexível de fino calibre (videoendoscópio). Imagens serão obtidas durante o exame endoscópico para melhor documentação.

Se necessário, pequenas amostras de tecido (biópsias) poderão ser coletadas para estudo anátomo-patológico e ou para pesquisa da bactéria Helicobacter pylori.

O exame não causa dor, porém após seu termino poderá ocorrer desconforto à deglutição em raros casos, principalmente pacientes que tenham muitas náuseas, vômitos, dificuldade para a passagem pelo cricofaríngeo (garganta), mesmo que recebam dose maior de sedação.

É um exame rápido, dura em média de 10 a 15 minutos, quando houver procedimento terapêutico, como retirada de corpo estranho, esclerose ou ligadura de varizes esofágicas, dilatações, polipectomias, etc.., esse tempo pode ser maior.

Após o exame o paciente será encaminhado à sala de recuperação pós endoscopia, repousará um pouco até que os efeitos da medicação sedativa tenham acabado. Em caso de anestesia local (spray anestésico na garganta), não poderá beber ou comer até que esse efeito tenha se dissipado. Isso poderá levar de 30 minutos à uma hora. O paciente que não receber sedação poderá ser liberado imediatamente após o procedimento.

A maioria dos remédios pode ser utilizada normalmente, mas alguns podem interferir com o preparo do exame. Informe seu médico sobre os medicamentos que está tomando, especialmente AAS e similares, medicações para reumatismo, anticoagulantes, insulina, calmantes e antidepressivos. Também não se esqueça de avisar sobre alergias e reações anteriores a medicamentos.

O paciente que foi sedado, não poderá dirigir, nem ingerir bebidas alcoólicas nas próximas 12 horas após o exame, até que os efeitos colaterais eventuais (sonolência, mal estar, fraqueza, tonturas, náuseas) dos sedativos sejam eliminados. É aconselhável que seja realizado repouso o resto do dia. Quando chegar em casa,a dieta deve ser leve e, após 6 horas do exame, dieta normal.

O resultado do exame endoscópico será fornecido quando o paciente for liberado da clínica. Caso haja biópsia ou a retirada de pólipos, o resultado anatomopatológico só estará disponível após 8 a 10 dias na clínica responsável pela análise. Se houver pesquisa do Helicobacter pylori pelo teste da urease o resultado será fornecido juntamente com o laudo.

O exame é normalmente seguro. As complicações são raras, mas podem resultar em tratamento cirúrgico ou internação hospitalar. Pode ocorrer sangramento, normalmente mínimo, após a biópsia ou remoção de um pólipo. Outros riscos incluem: irritação no local onde foi aplicada a medicação endovenosa, reação aos sedativos (apneia e reações anafiláticas), complicações cardíacas (arritmias) ou pulmonares (aspiração). Complicações maiores como perfuração, são muito raras.

Não se recomenda realizar esse exame durante a gestação. Porém, ele é realizado se os riscos forem considerados menores que os potenciais benefícios do exame, após discussão entre a paciente e o seu médico. Se estiver grávida ou amamentando, algumas medicações não podem ser utilizadas, portanto essa informação deve ser fornecida ao agendar o exame.

No caso de amamentação, após a realização do exame, recomenda-se que o leite materno seja retirado (esgotado) completamente por bombinha após 4 a 6 horas da realização do exame e descartado. Depois disso a amamentação pode ser realizada sem riscos ao bebê.

Sempre é necessário um preparo especial. Este preparo “limpará” o intestino grosso e será orientado pessoalmente na clínica quando a colonoscopia for agendada, visando facilitar o entendimento e o esclarecimento de eventuais dúvidas por parte do paciente.

Também é necessário uma dieta pobre em fibras, além da ingestão de líquidos em grande quantidade – água sucos e chás. Ao término do preparo, ingerir líquidos de cor clara à vontade, até 03 (três) horas antes do horário agendado (gatorade, água de coco, limonada).

Sugerimos durante o preparo, o uso do sabonete líquido PROCTODERM, para higienização e cuidado da região anal e para reduzir os sintomas desconfortáveis e decorrentes da forte diarreia causada (ardência, assaduras e dor no ânus). O sabonete deve ser usado para lavagem externa do ânus após cada evacuação líquida. Após a Colonoscopia, o sabonete poderá ser usado diariamente para a higienização da região anal após as evacuações e durante o banho. Você poderá comprá-lo na drogaria de sua preferência.

O exame é realizado após administração de sedativo endovenoso – na veia – por médico anestesista. Este procedimento fará o paciente dormir, não percebendo o mesmo. O exame dura entre 15 a 60 minutos.

A recuperação após o exame é rápida, mas o paciente deverá ficar ainda de 30 a 60 minutos na clínica, sendo sempre necessário um acompanhante maior de idade para sair da clínica.

O paciente poderá ingerir alimentos líquidos ou sólidos leves, conforme aceitação. É importante beber grande quantidade de líquidos. É possível sentir sonolência, cólicas abdominais (relacionadas à insuflação de ar no intestino durante o exame), náuseas e vômitos devido à medicação sedativa. É importante avisar ao médico se ocorrerem dores abdominais fortes, sangramento intestinal em maior quantidade, febre ou vômitos nas horas ou dias que se seguem à colonoscopia.

Assim como na Endoscopia Digestiva Alta, as complicações do exame de colonoscopia são raras, mas como nenhum procedimento médico é isento de riscos, podem decorrer problemas durante o preparo do cólon, anestesia, no exame propriamente dito ou em procedimentos complementares realizados. O preparo pode gerar náuseas, vômitos e distensão abdominal. Como o preparo induz diarreia, pode ocorrer desidratação.

As complicações relativas à anestesia variam de uma flebite superficial (dor e inchaço no trajeto da veia puncionada) até situações de maior gravidade como depressão respiratória, mas que com o acompanhamento do médico anestesista e equipamentos corretos, são controlados. Já a remoção de pólipos pode acarretar em complicações como perfuração e hemorragia. Tais eventos relacionam-se principalmente ao tamanho dos pólipos ressecados, porém ocorrem em apenas 0,03% a 1% dos pacientes.

A retossigmoidoscopia flexível pode resultar em complicações como eventuais reações à medicação, perfuração do intestino e sangramento, porém essas complicações são muito raras (menos de 0,01%).

É importante que o médico seja comunicado caso ocorram dores, fezes pretas ou vômitos nas 72 horas seguintes ao exame.

A CPRE é realizada introduzindo-se, pela boca até a segunda porção duodenal, um aparelho flexível com iluminação lateral que permite a introdução de um catéter plástico pelo orifício de abertura desses canais (papila duodenal ou de Vater) com o objetivo de avaliar radiologicamente a anatomia das vias biliares e do ducto de Wirsung, pela administração de contraste radiopaco pelo cateter injetor seguida de radiografias seriadas do abdômen.

Durante o exame, as imagens radiológicas são interpretadas pelo médico endoscopista, que a depender do diagnóstico, poderá realizar:

• complementação terapêutica (tratamento), incluindo papilotomia (secção longitudinal da papila com bisturi elétrico ou papilótomo);
• retirada de cálculos por balão extrator ou cesta tipo basket;
• drenagem de estenoses (estreitamentos) inflamatórias ou tumorais por dilatação com sonda ou por colocação de prótese endoscópica.

O exame é realizado sob regime de internação hospitalar por 24 horas.

O exame será realizado com sedação sob supervisão de um anestesista para que você relaxe e adormeça. A depender da medicação empregada, você poderá sentir sensação de ardência no local da infusão e no trajeto da veia puncionada um pouco antes de adormecer. Logo após, o exame será realizado com a introdução do aparelho pela boca até o duodeno, visualização e cateterização da papila e avaliação da anatomia dos ductos biliares e pancreáticos.

Se necessário, complementação terapêutica com papilotomia, retirada de cálculos, dilatação e colocação de prótese biliar será efetuada durante o mesmo procedimento. A duração média do procedimento é de 30-45 minutos.

Você irá permanecer na sala de repouso por cerca de 10-30 minutos, até que os efeitos principais das medicações empregadas para sua sedação desapareçam. Sua garganta pode ficar adormecida ou levemente irritada e você pode sentir um discreto empachamento no estômago. Espirros ou sensação de congestão nasal podem ocorrer caso você tenha recebido oxigênio suplementar durante o exame. Após a recuperação anestésica você será levado de volta para o seu leito. Você poderá sentir desconforto ou dor abdominal devido a flatulência decorrente da insuflação de ar no intestino realizada durante o exame, necessária para visualização do tubo digestivo.

O ar utilizado para insuflar o estômago e intestino durante CPER pode causar algum inchaço ou gases.

Após o procedimento, você pode ter uma dor de garganta por 3-4 dias.

Apesar da papilotomia por endoscopia ser menos agressiva que a realizada por cirurgia, ela também possui riscos, como sangramento e perfuração do intestino delgado. Estas quando ocorrem, geralmente são tratadas no mesmo momento por endoscopia, mas eventualmente pode haver necessidade de realização de cirurgia para a correção do problema.

Ao término do procedimento, o paciente necessita de cerca de uma hora repouso.

Não dirigir durante um dia após a realização do procedimento.

Não realizar tarefas que exijam atenção, tais como mexer com máquinas ou objetos cortantes, durante um período de aproximadamente oito horas após a realização do procedimento.

Repousar no restante do dia, alimentando-se conforme recomendação médica.

Nos três dias após a realização do procedimento o paciente deve fazer dieta com apenas líquidos e alimentos pastosos.

Nos três dias após a realização do procedimento o paciente deve evitar alimentos e líquidos muito quentes.

Não realizar atividades físicas ou carregar peso por no mínimo três dias após a realização do procedimento.

Na presença de dor, sangramento, falta de ar ou de outro qualquer sintoma não usual, deve entrar em contato com o CVA.

O estômago vazio permite um exame melhor e mais seguro, não se deve beber nada, nem mesmo água, durante pelo menos seis horas antes do exame. O médico vai lhe dizer quando começa o jejum. Diga antecipadamente ao seu médico todos os medicamentos que toma, particularmente produtos de aspirina ou anticoagulantes, a maioria dos medicamentos você pode seguir tomando como de costume, porém pode ser necessário que ajuste a dose habitual antes do exame. Seu médico lhe dará indicações especificas.

Diga ao seu médico se tem alergia a algum medicamento ou se tem alguma condição médica como doenças cardíacas ou pulmonares. Também pergunte ao seu medico se precisa de antibióticos antes dos procedimentos dentários, já que talvez precise de antibióticos antes da dilatação esofágica.

Seu médico irá realizar a dilatação esofágica com sedação supervisionada por médico anestesista, portanto não haverá desconforto durante a realização da dilatação. O médico determinará se vai usar um balão dilatador ou dilatadores plásticos.

Depois que a dilatação terminar, possivelmente o paciente permaneça em observação durante um curto período de tempo e logo poderá voltar as suas atividades normais. A maioria dos pacientes não tem nenhum sintoma depois deste procedimento e pode voltar a comer no dia seguinte, porém, inicialmente, com dieta líquida e após pastosa para observar resultado da dilatação.

Em uma pequena porcentagem de casos ocorre uma perfuração ou orifício na supertície do esôfago, o que pode requerer uma cirurgia. A superfície do esôfago pode se rasgar e ocorrer sangramento. É importante reconhecer os sinais das possíveis complicações cedo. Se tiver dor torácica, febre, dificuldade para engolir, sangrando ou fezes com cor escura depois do exame, fale com o seu médico imediatamente.

Dependendo do calibre do estreitamente do esôfago e a sua causa é normal ter que repetir as dilatações. Isto permite que a dilatação se realize gradualmente e diminui os riscos de complicações do procedimento. Uma vez que o esôfago esteja completamente dilatado pode ser que não seja necessário repetir as dilatações. Se a estenose se deve a refluxo de ácidos, os medicamentos próprios para combater refluxo gastroesofágico podem diminuir o risco de reestenose.

O plano de ressecção da mucosectomia é mais profundo do que o de polipectomia e a área ressecada é mais extensa. Enquanto que Pólipos são facilmente removidos pela aplicação simples de uma alça diatérmica, muitas lesões neoplásicas requerem acessórios e técnicas especiais para conseguir um plano mais profundo e uma ressecção suficientemente larga (mucosectomia).

Vários acessórios e técnicas são utilizados. Na mucosectomia são usadas alças diatérmicas de material mais denso e resistente. O plano de ressecção mais profundo é conseguido através de endoscopia com sucção e injeção de solução salina para elevar a lesão. Pode ser usado um dispositivo transparente, adaptado à extremidade do Endoscópio para melhorar o poder de elevação e de sucção. Pode também ser realizada com ligadura elástica (em que se forma um pseudopolipo pela aplicação de um elástico).

A mucosectomia permite em muitos casos, a ressecção de uma área de superfície ampla, assegurando remoção completa da lesão.